O setor de combustíveis é caracterizado por um duopólio constituído pelas empresas VIVO ENERGY e ENACOL. Estas têm por atividade económica a importação, a reexportação e o comércio interno do petróleo bruto e dos produtos sólidos, líquidos e gasosos derivados do seu tratamento, bem como o seu tratamento industrial, armazenagem, transporte e distribuição.
Até 2007, exerceram essas atividades em regime de exclusividade. Atualmente, o acesso ao exercício das várias atividades petrolíferas é livre e concorrencial, embora sujeito a licença para as instalações petrolíferas.
A representação do Grupo Royal Dutch Shell em Cabo Verde é anterior à Independência do País. No segundo semestre de 2010, a Shell anunciou o início do processo de venda de 21 sucursais no continente africano, incluindo a de Cabo Verde, medida que visava eliminar negócios menos rentáveis e concentrar o capital da multinacional em grandes projetos que pudessem aumentar o seu sistema de estoque e de distribuição de petróleo e gás.
A venda foi concluída em 2011, tendo o Grupo Vivo Energy Cabo Verde, SARL, constituído por uma Joint venture entre a Vitol (40%), Helios Investment Partners (40%) e Shell (20%), adquirido a sucursal do Grupo Shell em Cabo Verde. Entretanto, a Shell manteve a marca em todos os combustíveis e lubrificantes comercializados pela Vivo Energy em Cabo Verde.
A ENACOL foi criada em 1979, como empresa pública, e foi privatizada em 1997, tendo iniciado as suas operações na Bolsa de Valores, em 2007. Em Dezembro de 2018, os principais acionistas da empresa eram o Grupo Galp (48,29%), a Sonangol Cabo Verde (38,73%) e o Estado de Cabo Verde (2,1%).